Dorothea Puente a Serial Killer de Inquilinos

 

Dorothea Puente nasceu em 1929, em Redlands, Califórnia, em uma família marcada por dificuldades e abuso. Sua infância foi turbulenta, com a morte precoce dos pais, o que a levou a viver em orfanatos e lares adotivos, onde já começou a desenvolver comportamentos manipulativos e desconfiados.



Os primeiros indícios de Dorothea Puente

Nos anos 1960 e 1970, Dorothea começou a construir uma imagem de respeitável senhora da comunidade, casando-se várias vezes e entrando no mundo do crime, inicialmente através de fraudes de cheques. Em 1982, Dorothea foi condenada por administrar uma casa de repouso sem licença e por drogar e roubar seus inquilinos. Após cumprir uma pena reduzida, voltou ao mesmo tipo de atividade criminosa, mas agora com um plano muito mais sinistro.

A inquilina

Dorothea começou a alugar quartos em sua casa de dois andares em Sacramento, na Califórnia, para idosos, pessoas vulneráveis e com problemas mentais. Com o tempo, ela passou a escolher deliberadamente suas vítimas, assegurando-se de que fossem indivíduos sem família próxima ou com poucas conexões sociais. Ela se oferecia para ajudá-los a gerenciar seus benefícios de previdência social, criando uma confiança que eventualmente se tornaria fatal.

Modus Operandi de Dorothea Puente

Dorothea utilizava drogas para incapacitar suas vítimas, levando-as à morte lenta, muitas vezes sem que suspeitas fossem levantadas. Depois, enterrava os corpos no quintal de sua casa. A polícia foi inicialmente envolvida em 1988, quando um dos assistentes sociais de um dos inquilinos expressou preocupação sobre o paradeiro dele. Quando as autoridades começaram a investigar, eles descobriram o corpo de um homem enterrado no quintal da casa de Dorothea. A busca revelou um total de sete corpos enterrados na propriedade.

Julgamento

Durante o julgamento, em 1993, a defesa tentou pintar Dorothea como uma mulher de idade que simplesmente administrava uma casa de repouso, sem qualquer envolvimento direto nos assassinatos. No entanto, a promotoria apresentou um caso robusto, destacando como Dorothea manipulava seus inquilinos, controlando suas finanças e eliminando-os quando não eram mais úteis. O julgamento durou 24 dias e envolveu mais de 130 testemunhas. Dorothea foi condenada por três acusações de assassinato em primeiro grau e sentenciada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

Até sua morte, em 2011, Dorothea Puente manteve sua inocência, alegando que os inquilinos morreram de causas naturais ou suicídios. Sua casa, agora conhecida como "A Casa dos Horrores de Sacramento", tornou-se um símbolo macabro de sua manipulação e crueldade.

O caso de Dorothea Puente continua a ser estudado como um exemplo de como uma pessoa aparentemente comum pode esconder intenções mortais, enganando a sociedade por décadas. O uso de sua aparência inofensiva e sua habilidade em manipular as percepções daqueles ao seu redor mostram como até os mais confiáveis podem ser os mais perigosos.


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