Em outubro de 2017, a pacata cidade de Medford, Oregon, foi abalada por um crime que chocou a comunidade e deixou cicatrizes profundas. A história de Ellen Fryer, uma adolescente de 15 anos, e seu envolvimento em um assassinato brutal, trouxe à tona questões complexas sobre relações familiares, rebeldia adolescente e manipulação. Este artigo explora os eventos que levaram Ellen a ser comparada à famosa criminosa brasileira Suzane von Richthofen, conhecida por orquestrar o assassinato de seus pais.
A Vida de Ellen Fryer
Ellen Fryer era uma adolescente comum, cheia de sonhos e desafios típicos de sua idade. Com apenas 15 anos, ela era conhecida por sua energia e vivacidade. No entanto, como muitas jovens de sua idade, Ellen enfrentava conflitos internos e externos, especialmente em relação às regras impostas por seu pai, Aaron Fryer. A relação entre pai e filha era marcada por proteção extrema e, muitas vezes, por desentendimentos.
O Romance Proibido
O ponto de virada na vida de Ellen foi seu relacionamento com Gavin McFarlan, um jovem carismático de 19 anos que ela conheceu no colégio. Apesar da desaprovação de seus pais, o romance entre Ellen e Gavin se intensificou rapidamente. A diferença de idade e a dinâmica de poder entre eles criaram um ambiente propício para manipulação e controle. Ellen começou a se rebelar contra as regras de seu pai, saindo escondida para encontrar Gavin e mentindo sobre seu paradeiro.
O Dia da Tragédia
No dia 2 de outubro de 2017, a situação atingiu seu ponto de ebulição. A polícia de Medford foi acionada após um incidente chocante na casa dos Fryer. As irmãs mais novas de Ellen, Sierra e Olivia, acordaram para descobrir que seu pai e sua irmã mais velha estavam desaparecidos. A investigação policial revelou um cenário horrível: Aaron Fryer havia sido brutalmente assassinado com golpes de um taco de beisebol enquanto dormia.
O Plano Sinistro
Durante os interrogatórios, a verdade veio à tona. Ellen, junto com Gavin e seu amigo Russell Pierce Jones, de 22 anos, havia planejado o assassinato de Aaron. Ellen abriu a janela de seu quarto para permitir a entrada de Gavin, que então atacou seu pai. Russell, que aguardava do lado de fora, ajudou a remover o corpo e a escondê-lo em uma área de mata próxima. O motivo alegado por Gavin era proteger Ellen de um pai abusivo, mas a realidade era mais complexa e sombria.
O Julgamento e as Consequências
O julgamento dos envolvidos foi um espetáculo midiático que atraiu a atenção de toda a cidade. Gavin McFarlan se declarou culpado de assassinato e foi sentenciado à prisão perpétua, com possibilidade de liberdade condicional aos 45 anos. Russell Jones, por sua vez, foi condenado a 15 anos de prisão por conspiração para cometer assassinato, com previsão de soltura em 2031. Ellen Fryer, julgada como adulta, também se declarou culpada de conspiração e recebeu uma sentença de 25 anos, com possibilidade de liberdade condicional em 2041.
Reflexões Finais
A tragédia em Medford é um lembrete doloroso da complexidade das relações familiares e da necessidade de diálogo aberto e honesto. A história de Ellen Fryer, a "Richthofen Americana", destaca os perigos da manipulação e do controle em relacionamentos, especialmente quando envolvem jovens vulneráveis. Em memória de Aaron Fryer, a comunidade de Medford continua a buscar maneiras de prevenir que tragédias semelhantes ocorram no futuro.