O Caçador do Alasca: A história de Robert Christian Hansen

Robert Christian Hansen
, nascido em 15 de fevereiro de 1939, em Estherville, Iowa, teve uma infância difícil e marcada por sofrimento. Seu pai, um imigrante dinamarquês rígido e distante, impunha uma disciplina severa, o que contribuiu para o desenvolvimento de uma personalidade introvertida e ressentida. Hansen sofria de gagueira e acne severa, características que o tornaram alvo de bullying e isolamento social durante sua juventude. Essa rejeição contínua parece ter alimentado um ódio profundo, especialmente em relação às mulheres, sentimento que se manifestaria de maneira terrível anos depois.

Mudança de Robert Christian Hansen para o Alasca

Em 1967, Hansen se mudou para Anchorage, no Alasca, onde parecia se estabelecer como um cidadão respeitável. Ele abriu uma padaria, casou-se novamente e teve dois filhos. No entanto, por trás dessa fachada de normalidade, escondia-se um predador calculista e frio. Hansen desenvolveu um modus operandi que aterrorizaria a comunidade por mais de uma década.

As primeiras vítimas

Entre 1971 e 1983, Hansen sequestrou, estuprou e assassinou pelo menos 17 mulheres. Ele escolhia suas vítimas cuidadosamente, geralmente mulheres vulneráveis, como prostitutas ou dançarinas de clubes noturnos, que ele considerava "indesejáveis" e "fáceis de manipular". Com um sorriso encantador e promessas de uma vida melhor, Hansen, como um verdadeiro predador, atraía mulheres vulneráveis, explorando suas necessidades e desesperos. Ele as convidava para passeios em seu avião, prometendo paisagens deslumbrantes do Alasca. No entanto, ao invés de um paraíso, essas mulheres eram levadas para um pesadelo, onde eram brutalmente atacadas e, em seguida, abandonadas em áreas remotas da floresta, à mercê dos elementos e da fúria de seu algoz.

A caçada

Uma das características mais perturbadoras dos crimes de Hansen era a maneira como ele "caçava" suas vítimas. Após violentá-las, ele as levava em seu avião particular para áreas remotas do Alasca, onde as soltava na floresta, dando-lhes uma breve chance de fuga antes de persegui-las como animais. Armado com um rifle e uma faca, Hansen satisfazia seu desejo doentio de poder e controle, matando-as com frieza. Esse comportamento, reminiscente de um predador no reino animal, lhe valeu o apelido de "O Caçador".

A polícia começou a perceber um padrão nos desaparecimentos de mulheres, mas a falta de evidências concretas e o perfil aparentemente inofensivo de Hansen dificultaram a investigação. Ele não tinha antecedentes criminais significativos que pudessem levantar suspeitas imediatas, e sua vida dupla de cidadão exemplar e assassino em série parecia impenetrável. No entanto, em junho de 1983, a sorte de Hansen começou a mudar.

Vítima consegue fugir

Cindy Paulson, uma jovem de 17 anos, escapou de Hansen após ter sido sequestrada e brutalmente estuprada. Ela foi encontrada correndo, ainda algemada, pela rua, e levou a polícia até o local onde Hansen a havia mantido em cativeiro. Embora a princípio as autoridades tenham duvidado de seu testemunho, a descrição precisa que Paulson forneceu do cativeiro, combinada com sua coragem ao identificar Hansen, finalmente desencadeou uma investigação mais profunda.

A polícia obteve um mandado de busca e, ao revistar a casa de Hansen, encontrou provas irrefutáveis de seus crimes, incluindo joias pertencentes às vítimas e um mapa detalhado do Alasca com marcas indicando os locais onde ele enterrava os corpos. Além disso, balas de rifle encontradas nos corpos das vítimas correspondiam às armas de Hansen. Confrontado com as evidências, ele acabou confessando seus crimes, admitindo ter assassinado pelo menos 17 mulheres, embora se acredite que o número real de vítimas possa ser maior.

A condenação

Em fevereiro de 1984, Robert Hansen foi condenado a 461 anos de prisão sem possibilidade de liberdade condicional. Ele cumpriu sua pena na Penitenciária Estadual de Spring Creek, onde morreu em 21 de agosto de 2014, aos 75 anos.

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